segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Rã-dardo-de-pernas-negras 
(Phyllobates bicolor)

A rã-dardo-de-pernas-negras é a segunda mais tóxica das rãs-dardo-venenosas selvagens. Vive em florestas de várzea na região de Chocó, no oeste da Colômbia, ao longo do rio San Juan, embora algumas populações vivam mais distantes ao Sul em Quebrada Guangui. As rãs de Quebrada Guangui têm uma semelhança impressionante com as formas amarela ou laranja da rã-dardo-dourada (Phyllobates terribilis), e às vezes são confundidas por amadores.



A rã-dardo-de-pernas-negras é uma das maiores rãs-dardo-venenosas. Os machos podem atingir um comprimento de 4,5-5,0 cm do focinho à cloaca, enquanto as fêmeas ligeiramente maiores alcançam 5,0-5,5 cm de comprimento do focinho à cloaca. 


O nome dessa espécie se deve ao fato de seu corpo normalmente ser amarelo ou laranja com coloração azul escura ou negra nos membros posteriores e nos membros anteriores abaixo do cotovelo. Elas são menores e mais delgadas do que sua parente próxima, a rã-dardo-dourada (Phyllobates terribilis), e podem ser parecidas com os juvenis ou subadultos da Phyllobates terribilis.

Embora a sua toxicidade seja mais fraca que a da Phyllobates terribilis, a Phyllobates bicolor ainda é um animal altamente tóxico, uma das poucas rãs em que há casos confirmados de mortes humanas. Apenas 150 microgramas do seu veneno é suficiente para matar um humano adulto. Os índios geralmente aquecem a rã no fogo para fazê-la "suar" o veneno líquido para as flechas de caça. 

O veneno provoca a morte por parada respiratória e paralisia muscular. Pesquisas estão sendo feitas para determinar usos medicinais para essa batracotoxina. Assim como acontece com todas as rãs-flechas, espécimes em cativeiro não são tóxicas; os animais necessitam de substâncias químicas encontradas apenas em suas fontes de alimento selvagem, principalmente insetos. Em cativeiro, essas substâncias químicas não estão disponíveis em suas fontes de alimento.

A rã-dardo-de-pernas-negras é principalmente terrestre e diurna. São animais solitários, no entanto, ocasionalmente grupos selvagens podem ser encontrados. Os machos dessa espécie carregam seus girinos em suas costas. Os girinos se grudam ao muco nas costas de seu pai, e são alimentados e protegidos até que se tornem maiores. A medida em que crescem vão se tornando mais independentes e assim, abandonam o pai para começar sua vida adulta.


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