domingo, 4 de novembro de 2012


Tamanduá-bandeira

O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), também chamado iurumi, jurumim, tamanduá-açu e tamanduá-cavalo, é um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos, encontrado na América Central e na América do Sul.


Maior representante da família Myrmecophagidae, podendo atingir até 2,1m de comprimento e 45 kg de peso. Não possui dentes, e sua língua pode atingir até 61 cm de comprimento, mas apenas com 13mm de largura. Produz uma saliva viscosa em que formigas e cupins são retidas. Possuem três dedos nas patas anteriores e cinco nas patas posteriores. Geralmente são cinzas, com membros brancos, com uma banda diagonal preta e branca na altura dos ombros. Os tamanduás tendem a andar sobre os nós dos dedos, devido ao longo comprimento de suas garras


Habita uma grande variedades de ambientes, desde florestas tropicais chuvosas até ambientes savânicos e campos abertos, sendo mais comuns nestes últimos.

Foi registrada sua presença desde Honduras na América Central, até o Chaco boliviano, Paraguai, Argentina e por todo o Brasil. Entretanto é considerado extinto em algumas regiões da América Central, do Uruguai e sul do Brasil.

O tamanduá-bandeira é um dos mais especializados predadores que existem, se alimentando quase que exclusivamente de formigas e cupins. Entretanto, existe também uma preferência entre as espécies de formigas e cupins que são predadas pelo tamanduá levando-se em consideração o valor nutricional, disponibilidade e a resposta de suas presas ao ataque. E embora exista uma preferência de espécies tanto em cativeiro como em liberdade, essas preferências podem diferir nas duas situações.


São geralmente solitários, noturnos em ambientes mais perturbados pelo homem, podendo ocupar áreas de até 11,9 km² (como mostrado em estudos feitos com animais monitorados no Pantanal) mas geralmente, seus territórios são menores do que isso. A área de vida de vários tamanduás podem se sobrepor, aumentando a densidade por km². As fêmeas são mais tolerantes ao encontro com co-específicos do mesmo sexo, visto que existe uma maior sobreposição de territórios entre fêmeas e os machos se colocam em encontros agonísticos mais frequentemente que as fêmeas.

O tamanduá-bandeira é encontrado em uma ampla variedade de ambientes, entretanto, dados de animais do Pantanal mostram que eles costumam forragear em campos na bordas de lagoas e pastagens, sendo que muito pouco dessa atividade é realizada dentro de florestas e ambientes mais fechados

É uma espécie que não possui estação de acasalamento, se reproduzindo durante o ano todo, e tendo vários partos ao longo do ano. Foi verificado que a gestação dura cerca de 184 dias. As fêmeas dão a luz a um filhote de cada vez, que fica com ela até ela ficar grávida novamente. Alcançam a maturidade sexual entre 2,5-4 anos de idade.

A espécie é considerada como "Vulnerável" pela IUCN, pois apesar de sua ampla distribuição, existem várias extinções locais, como na América Central. Está no Apêndice II da CITES, considerando que ele não necessariamente corre risco de extinção, mas que se deve evitar abusos em relação às populações para que não entre em processo de extinção. No Brasil, o IBAMA considera como "Vulnerável" também, mas regionalmente sua situação varia, como por exemplo, no Rio Grande do Sul, onde é considerado "Criticamente em Perigo" e em Santa Catarina está provavelmente extinto.


Em áreas mais povoadas, além da alteração do hábitat, a predação por animais domésticos (como cães) e atropelamentos, são fatores que causam uma diminuição nos índices de abundância, como relatado em localidades do interior do estado de São Paulo. Os incêndios também são particularmente problemáticos para os tamanduás, mesmo em áreas preservadas, visto que amostras de mamíferos mortos nestas ocasiões mostram uma suscetibilidade dessa espécie a serem atingidos fatalmente pelo fogo.

Fonte: Wikipedia

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