domingo, 18 de novembro de 2012


Gaio-comum

O gaio-comum (Garrulus glandarius) é uma ave da família  Corvidae (corvos).


É uma grande ave dos bosques, com cauda comprida, asas arredondadas e plumagem muito característica. Tem um comprimento de 33 a 36 cm e um peso de 140 a 190 g. Tem uma coroa malhada de preto e branco, um bigode preto, dorso e ventre castanho rosado. As asas e a cauda são pretas, com o uropígio e parte interna das asas brancas, ambos muito visíveis em vôo. Apresenta uma mancha azul iridescente, com riscas finas pretas e brancas, nas grandes coberturas primárias, muito característica.

Longevidade: 18 anos

O gaio-comum pode ser encontrado numa vasta área que vai desde a Europa Ocidental até ao noroeste africano, passando por toda a Ásia continental e sudoeste asiático. Nas zonas mais frias (Suécia, Noruega e Polónia), as populações de gaios-comuns, migram no Outono para regiões mais a sul onde os Invernos são menos rigorosos.


Os gaios-comuns não se sentem à vontade em terrenos abertos. Vivem geralmente em matas de folha caduca, de coníferas e mistas ou bosques pouco desenvolvidos, mas podem inclusive viver em parques e jardins de pequenas e grandes cidades. Eles gostam muito de habitar dentro de casas e de carros.

Os gaios-comuns são geralmente sedentários e solitários, à excepção do período de acasalamento, em que vivem temporariamente em grupo. O ninho é construído pelo casal, em fins de Abril ou princípios de Maio, geralmente em árvores, arbustos, árvores ocas ou caixotes-ninho que, em princípio, estariam destinados à coruja-do-mato.


O ninho encontra-se em geral a uma altura inferior a 5 metros e é constituído por palhas, pequenos ramos e raízes. A postura é de 3 a 6 ovos e o casal reveza-se no choco que dura 16-19 dias. As crias são alimentadas por ambos os pais e geralmente estão completamente cobertas de penas entre os 21 e os 23 dias de idade.

O seu regime alimentar é  omnívoro, comendo praticamente de tudo, variando consoante a estação do ano e a disponibilidade de alimento. Quando há bolotas em abundância, fazem uma reserva para o Inverno, escolhendo-as rigorosamente em função da sua maturidade, do seu tamanho, e da sua qualidade, evitando em particular as que estejam bichadas. As bolotas são enterradas no chão com o bico, e posteriormente tapadas. Também pode fazer reservas em fendas de rochas, buracos de árvores e outras cavidades, reservas essas que podem conter vários quilogramas de bolotas. Aquelas que eles não conseguem voltar a encontrar, germinam muitas vezes no ano seguinte, ajudando assim à disseminação das árvores das quais provêm. Estima-se que cada gaio possa dispersar um milhar de bolotas por ano.


Para além das bolotas, alimentam-se também de frutos de faias e de bagas de diferentes espécies. Na Primavera e Verão alimentam-se principalmente de insectos, atacando também ninhos de onde retiram os ovos ou os filhotes. Fazem ainda parte da sua alimentação lagartos, rãs, ratos e musaranhos.

Fonte: Wikipedia

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